domingo, 3 de maio de 2009

Tente não cruzar os braços



Era manhã no parque Fazenda Lagoa do Nado. A mediadora anunciava o início das apresentações para escolher a rainha da bateria do desfile da Luta Antimanicomial. Então, os tambores foram tocados e a moçada caiu no samba. A platéia se aproximou na intenção de pegar o melhor ângulo. Não passando muito tempo, o público estava em roda e a sua grande maioria de braços cruzados.
Para a linguagem corporal, os braços cruzados são sinônimos de defesa, desconforto, insegurança, hostilidade e restrição. Na análise simples do corpo, sem usar de estudos que falem sobre o assunto, quando cruzamos os braços estamos fechados. Em outras palavras reservados, retraídos ou se preferir cercados de muros.
A simples cruzada de braços é contagiosa, como foi na manhã daquele evento. Ela não só estimula o próximo a fazer igual, como também contagia os outros órgãos a se desinteressarem pelo que pede atenção. Os “nós” de braços, podem amarrar as emoções de seu cotidiano em lugares distantes.
Braços abertos é começo de abraço, é o gesto para quem imagina voar ou a forma que o corpo tem para comemorar momentos de grande emoção. Não dá pra se imaginar livre com braços amarrados. Na dúvida, experimente imitar o Redentor na sua melhor pose, de braços bem abertos!

1 milhões de comentários:

Natália Oliveira disse...

Esse texto é lindo, uma delicinha, gosto demais viu. As pessoas deveriam abrir mais seus braços.
bjos Heitor. =)