quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Amor de Camoes, Amor de Tribalistas


"Tem uma história sobre os deuses gregos. Eles
estavam entediados, então inventaram os seres humanos. Mas continuavam
entediados, então inventaram o amor. Então já não estavam mais entediados e
decidiram tentar o amor para si mesmos. E, finalmente, inventaram o riso, para
que pudessem suportar o amor".
[Feast of Love -2007]


Indiferente de morar no Ocidente ou no Oriente e de torcer para o Confiança Futebol Clube ao invés da Associação Desportiva Pitu, em uma coisa a humanidade há de entrar em acordo. Todos buscam a felicidade, mesmo que esse sentimento para alguns não represente uma face amarela com uma linha convexa no meio. O fato é que todos querem ser felizes. E felicidade tem que ter amor, seja aquele de Camões “que arde sem se ver, que dói e não se sente, que contenta de descontente” ou o do tipo Tribalistas que “ tem cara de bicho, anda pela estrada e não tem compromisso”.
Por ele que as pessoas se unem, criam filhos, constroem casas, programam viagens, param de fumar e costumavam fazer loucuras no Domingo Legal. À procura dele que muitos mudam de cidade, de cabelo, de sutiã e de trabalho. É a chave do paraíso, a inspiração de um poeta, tema de livros, cenas de filmes. Também é a escultura artística, feita por Robert Indiana, presentes nas cidades de Nova Iorque, Jerusalém, Taiwan e Tóquio.
Arnaldo, Rita e Roberto confrontaram o sentimento cor de rosa com o sexo e concluiram, “amor é livro, é sorte, é divino e é do bem...” Amor é apelido de gente apaixonada e é nome de uma freguesia portuguesa (uma espécie de vila) com 4.738 habitantes. Por amor, Cinderela, Aurora, e Cia. Ltda viveram felizes para sempre. Em ‘Por Amor’, Helena trocou seu filho vivo pelo filho morto de sua filha. E vale lembrar que foi por ele que Romeu e Julieta se tornaram ícone de romantismo.
Embora o mundo real, em muitas das vezes, insiste em ser áspero com constantes provas de desamor. É incrível como esse sentimento ainda se perpetua. Certamente, porque ele é clássico e, há séculos, entusiasma, atrai e afeiçoa. Uma boa dica para que esse caminho de emoções seja um percuso agradável é tentar conciliar ‘amor’ com ‘bom humor’. Portanto, quando ouvir com tom de descaso, que “o amor é uma flor roxa que se nasce no coração dos trouxas”, lembre-se, flores nunca saem de moda!

Fontes: Filme “O Banquete do Amor” (Feast of Love)
g1.com.br
wikipedia.org

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Sílvia


Ela tem estilo de velha.

E anda a pé.

É simples.

Mas falar ‘dozoutros’ é o que ela quer.

Sua diversão é comprar abacaxi na feira.

Ela é casada.

O marido é rico.

Tem dois filhos.

O primeiro deles foi feito na rede.

Motivo que levou a moça da história direto para o casório.

Liberdade!

Era o que pensava naquela época, quando dois decidiam levar a vida juntos.

Ela hoje, foi ao banco.

Foi tirar dinheiro para o quilo da batata.

Ela é feliz!

Mesmo presa na liberdade de uns vinte e poucos anos atrás.


Texto escrito em 2006.